5 de junho de 2011

O ÓDIO QUE ME CONSOME


Eu sou o ódio
Sou todo o mal que fazem para mim revertido em destruição
Analisando cada revés, cada situação

Meus ossos doem diante de todas as trevas que me consomem
Transformando a esperançosa criança de meus olhos em um vingativo homem
Mato com meus pensamentos todos que com o erro persistiram
Meus sentimentos desaparecem, se é que algum dia existiram

Suplico do fundo de minha alma que não mexa com meu demônio interior

Para ele, música são gritos de horror
Banha-se em lágrimas de dor
Sangue é a bebida de seu frescor

Jamais o faça escapar
Pois esta é a deixa para ele nunca mais querer voltar
No lugar de seu coração há apenas a placa que diz "volto logo"
Mas sabemos que seu coração não está mais à bordo

Fugiu por não poder controlar o incontrolável
Fazendo do amor e esperança apenas parte de um passado nada memorável.


- Vinicius Neves

Um comentário:

Caos disse...

Ótimos versos! Esse punho lembra um lutador clamando por justiça. Um abraço!