12 de setembro de 2012
DA BABILÔNIA À MONTANHA
O vento tocou suavemente meu rosto
Meu espírito esvoaçou, sentindo-se exposto
Os olhos sujos da cidade contemplaram o divino
Desses que não se encontram em prédios, na natureza é dividido
Nas águas geladas da montanha lavei minha roupa suja
Essa roupa que visto todos os dias para ver a gritaria muda
Gritos que ecoam nos olhares de quem vive no cinza e no concreto
Na competição de almas perdidas que batalham sobre sua própria definição de "certo"
Minha alma desolada e cansada foi rasgada no meio
Pelo forro piscante do céu noturno e pelo frio que desce da montanha como um cavalo sem arreio
Meus pés tocaram pedras que estavam no meu caminho
Elas fizeram com que doesse mais, mas me livraram de cada espinho
O que muda de uma realidade para outra são os valores
De um lado um grande enfeite sem gosto, do outro a simplicidade com uma infinidade de sabores.
- Vinicius Neves
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