30 de julho de 2008

O ESPAÇO



Passando além das estrelas, além do que os olhos podem ver.
Sentado numa nuvem negra de amargura.
Esperando pelo seu triste destino...
Os olhos vazios, a espera da morte.
Uma gota cai deles.
Na imensa escuridão do espaço: Sem destino, sem vida, sem razão, sem nem mesmo ar para respirar.
Os olhos vermelhos de sangue começam a lacrimejar.
É um choro de raiva, está descontente.
Tristeza, âmago, injúria, degredo.
Sente uma lâmina cortar seu pescoço, e fazer seu sangue jorrar como uma chuva de verão sombria no meio da noite eterna.
Cada gota brilhando num sinistro tom rubro em meio às cores enegrecidas daquele cenário macabro.
Sempre, sempre, sempre...
Je t’aime, moun cherriè!


- Vinicius Neves

14 de julho de 2008

CONFISSÕES



Encontre o sentimento mais vil
Do mais iluminado ao mais sombrio
Transforme aspiração e inspiração
Em pulsações de comoção
Descreva sua alma numa folha de papel
É a poesia se formando no mais puro véu
Transborde sensações
Observe as ilusões

O mundo é feito delas.

Fique bêbado de prazer
Veja o amanhecer
Embriague-se de trevas
Veja apodrecer

Ignore o resto do mundo e faça uma confissão
Anote o que aprender e faça uma oração.

O sangue, a brasa, o rubro e o ardil
Daqueles que jamais sentiu

Suba e veja a beleza da Terra
Que atire a primeira pedra
Quem nunca foi poeta.


- Vinicius Neves