1 de agosto de 2017

SOBRE PESSOAS E PERSONAS


Até onde vai o ego do ser humano?
Não foquemos em questão externas, em personalidades que conhecemos apenas pelas manchetes dos jornais ou por feitos que enxergamos apenas pela pouca informação que conseguimos acessar - longe dos bastidores. Falemos de nós mesmos.
Falemos de como se esconder em palavras vazias, repetidas e ideológicas - que muitas vezes não deram certo na história da humanidade se tornam mais que um escudo para ocultar a ignorância política, intelectual e econômica. Por vezes, mesmo quando estes sabem que estão errados ou equivocados, não sabem assumir suas falhas, e insistem em apoiar os erros ou desviar a atenção dos fatos - motivo pelo qual estamos passando por boa parte dos problemas atuais.
Não há problema em mudar de opinião. Não há vergonha em aprender mais do que achávamos que sabíamos.
O que preocupa é a última geração que se levantou (da qual também fiz parte durante algum tempo). Doutrinadas por livros de cunho parcial nas escolas, por pessoas igualmente doutrinadas, ensinadas a não pensar por conta própria, mas a seguir à risca uma utopia sem fundamentos sólidos.
Preocupa o exemplo que essas pessoas querem dar para as próximas gerações: o linguajar, as atitudes - que vão de compartilhar desinformação generalizada a defender o crime com sua parcialidade.
Desculpas para isso não faltam. A cada passo que as pessoas de pensamentos diferenciados das dela dão, as desculpas mudam. Se a desculpa é refutada, é dada outra; e assim por diante. Os que estão na mesma situação ovacionam a situação, criam termos de cunho taxativo, usam argumentum ad-hominem para desqualificar uma verdade.

É um show de horrores.
Me pergunto se em países em que a situação já foi parecida com isso, mas que chegaram a níveis extremos (como é o caso Venezuela); se as pessoas que eram assim permanecem assim. Sempre existirá essa arrogância em querer ser superior a tudo e a todos, inclusive na ignorância. Um ser supremo que nunca assume sua fragilidade, falta de informação sobre algo. Para esses tipos, não importa a patente, grau de escolaridade, transparência e comprovação dos fatos; o que ele acredita é que é o certo.
Infelizmente a autocrítica é algo que só funciona para que os “outros” usem. A busca de conhecimento é apenas uma jornada que os “outros” deveriam fazer. Porque nesse meio a qual me refiro, está tudo certo e alinhado como nunca - só melhora se não houver ninguém pra discordar.

Quando há dúvidas sobre esse tipo de personagem e de suas personas destacadas nos meios sociais - sejam virtuais ou não; é sempre bom lembrar que “A boa árvore se conhece pelos frutos”.
Se a pessoa não está dando frutos - ou pior: não está dando bons frutos - no mínimo, desconfie. O discurso pode ser bonito, as palavras enfeitadas, as atitudes parecerem reais; mas quando damos um passo para trás a fim de enxergar a pessoa como um “todo”, o que será que enxergaremos na vida dela? Talvez a diferença que mude o mundo. Talvez o mundo que mudou sua “diferença”.


- Vinicius Neves