6 de abril de 2017

DE ASAS CORTADAS


Essas vozes do meu peito que não se calam

Remexem a cada memória, a cada momento
Transbordam da minha alma as ânsias de meu tormento
Os conflitos que tenho comigo mesma vão aos poucos tomando conta da minha paz
Presa nessa dança caótica da qual já não aguento mais

A luta dos meus sentimentos que se embaralham em crises de ansiedade
São milhares de vozes gritando cada uma sua própria verdade
Não procurem mais meus pensamentos, me esqueçam de suas ciladas
CALEM-SE e me deixem sumir no vazio do nada

Minha voz some na medida em que meu coração aperta
O choro insiste em chover por minhas janelas abertas
Nas noites em claro preencho o medo com esperança
Então vejo melhor aquilo que a vista ainda não alcança

Estou numa prisão ao ar livre, entende a ironia?
Mas não será sempre assim, eu acredito em minha alforria
Quando as vozes se calarem por trás de qualquer grade
Nesse momento então saberei onde está minha liberdade.


- Vinicius Neves